24.10.10

Bonsai

Uma reportagem sobre a árvore miniatura, me fez ter várias percepções quanto à vida, as oportunidades e os relacionamentos.
A palavra bonsai é japonesa e significa “árvore em uma bandeja (vaso ou bacia)” (bon = vaso e sai = árvore), uma arte milenar que  teve como um dos seus objetivos, facilitar o transporte de plantas medicinais,  e por se tratar de um cultivo de origem oriental, denotou dele um sentido todo espiritual: de autocontrole, dedicação, paciência e paz interior. Seu tamanho deve-se ao fato de seu espaço de terra ser bem delimitado em vasos, durante o processo ela sofre constantes podas,  e  seu formato é definido pelas várias amarrações de arame que o cultivador faz conforme deseja.
Mas o que todas essas informações querem dizer? Bem, que elas ilustram muito bem o comportamento do homem tanto como árvore cultivada ou cultivador de árvore.
Árvore cultivada (homem): Todo indivíduo pode adequar-se a toda e qualquer situação que a vida lhe propuser. E desde que esse seja bem trabalhado, lapidado obterá resultado satisfatório.
Cultivador de árvore (homem que cuida de  outros): Este é  um ponto muito importante, pois é nele que se definem  histórias e legados,  de sucessos ou fracassos, felizes ou infelizes.
O cuidado (cultivo) serve para o bem,  lapidando pessoas para um propósito ou mesmo para a vida. Mas também existe o outro lado da moeda,  onde as pessoas que exercem autoridade de alguma forma sobre outros, tais como: pais, líderes, governantes, ministros de Deus, cônjuges e outros tantos; utilizam desse mecanismo para manter as pessoas presas ao seu controle.
Tudo isso é gerado por medo do cultivador em ver os seus crescerem e se desprenderem, criando asas e que cruzando as linhas limites,  conhecendo  novos  horizontes. Medo de que eles se tornem melhores do que ele o é. Com essa postura se perde de vista, que ocorrendo esse fato, torna-se motivo de honra a sua pessoa e memória. Pois: “Sucessos sem sucessivos sucessores bem sucedidos é fracasso.”   Robert A. Orr
Como a mine árvore, o homem é delimitado no território de atuação, o que o impede de crescer e expandir todo seu potencial, seus frutos são michos (pequeninos), suas mãos e pés estão  atados (dons e talentos sufocados, desperdiçados), pois são direcionados conforme os desejos de seu cultivador (cuidador).
Com toda essa rígida estrutura, além de torná-los pequeninos, faz com que as futuras gerações percam o privilégio de desfrutar da esplêndida e frondosa sombra (sonhos, experiências, sabedoria e exemplo) que esses deixariam se não fossem as inúmeras podas.
PS: Não estou fazendo apologia à falta de limites e regras. Mas o seu excesso tem conseqüências frustrantes.

A todos uma boa semana!
E o Shalom de Deus!

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